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29/nov/2023
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Festas Judaicas (Chaguim)

Chanucá

Al HaNissim - Pelos Milagres

A estrutura desta oração tem duas partes. A primeira parte é a introdução geral, e é apropriada tanto para Chanucá quanto para Purim. Reflete a gratidão nacional do Povo Judeu por D'us ter realizado milagres por nós, em pontos chave de nosso história, permitindo que, literalmente, sobrevivessemos.

Esses milagres eram ambos "nisim niglim," "milagres abertos," como so que foram feitos para o Povo Judeu no primeiro Chanucá, na vitória dos Chashmonaim sobre os gregos e seus aliados, e "nisim nistarim," "milagres escondidos," como D'us realizou por nós no tempo do primeiro Purim. O milagre de Purim esta escondido no sentido de que o envolvimento de D'us não estava aparente (explicitamente visível), e foi operado tendo como pano de fundo a intriga no palácio persa, e envolveu um perfeito sincronismo de tempo e aparentes 'coincidências'.

O texto desta introdução é o seguinte:

"E (nós Te agradecemos) pelos milagres, e pela salvação, e pelos feitos poderosos, e pelas vitórias, e pelas batalhas que Tu realizaste por nossos antepassados naqueles dias, naquele tempo."

Como uma oração de agradecimentos, o "Al HaNisim" se encontra na seção do Shmoná Esrê (Amidá) reservada para as expressões de gratidão a HaShem, e numa posição similar no Bircat HaMazon, onde a gratidão é estendida para além da sustentação física imediata, para a gratidão em termos históricos. Na versão diária, o Bircat HaMazon agradece Hashem pela herança de Eretz Israel; em Chanucá e Purim, Hashem é agradecido, também pelos milagres que realizou por nós em cada uma destas ocasiões.

"Al HaNisim" - Seção de Chanucá

Aqui, a narrativa, consideravelmente maior do que na seção de Purim, uma vez que a ameaça era mais complexa (não apenas o genocídio físico), cobre a omissão no Talmud da vitória militar dos Chashmonaim.

Aqui, a natureza da ameaça é primeiramente definida, "ke'sheomda Malchut Yavan ha'reshaah al amecha Yisrael," "quando Yavan, o 'Império do Mal,' se levantou contra nossa nação, Israel," "le'hashkicham Toratecha u'lehaaviram mi'chukei retzonecha," "para fazê-los esquecer Tua Torá, e para removê-los da observância dos estatutos que Tu desejas."

Foi basicamente uma ameaça para forçar a rejeição do Povo Judeu pela Torá e pelo seu modo e vida, em favor da cultura grega.

Quando a ameaça de força incrível teve oposição de Matitiahu e seus filhos, Tu vieste em seu socorro, "masarta gibborim beyad chalashim, ve'rabim beyad me'atim, u'temaim beyad tehorim" "Tu entregaste o poderoso nas mãos do fraco, os muitos nas mãos dos poucos, e o impuro nas mãos dos puros..."

E com que propósito Tu lhes deste a vitória?

"U'lecha asita shem gadol ve'kadosh be'olamecha," "E para Ti fizeste um nome grande e santo em Seu mundo," "U'leamcha Israel asita teshua gedola u'phurkan ke'hayom hazeh," "E para o Teu Povo, Israel, fizeste uma grande salvação e redenção naquele exato dia..."

O milagre do óleo também é mencionado, mas apenas indiretamente. "Ve'achar kach bau vanecha li'dvir beitecha u'phenu et heichalecha, ve'tiharu et mikdashecha, ve'hidliku nerot be'chatzrot kadshecha," "e depois, Teus filhos vieram em Tua casa sagrada, e limparam Teu palácio, e purificaram Seu Templo, acenderam luzes e seus páteos sagrados."

E foram estes eventos, a enfática vitória militar e a purificação e dedicação do Templo De D'us que ambientou a seqüência de fatos históricos que levou ao estabelecimento de Chanucá, "VeKavu shemonat yemei Chanukah elu le'hodot u'lehallel le'shimcha ha'gadol," "E eles estabeleceram esses oito dias de Chanucá para agradecer e louvar Teu grande nome."

Claramente, foi a vitória militar que, de alguma forma análoga (mas em outro nível) à vitória do Estado Israel na Guerra dos Seis Dias, foi o fato grandioso perante os olhos do Povo; outros milagres, também grandiosos, talvez de fato ainda mais significativos foram vistos naquele tempo como secundários. Isso foi reconhecido por aqueles que escreveram as palavras desta oração, que enfatiza a vitória militar.


Fonte: Orthodox Union