sexta-feira, 12 de abril de 2024

UM POVO ÚNICO - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ TAZRIA 5784

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O e-mail desta semana é dedicado à volta para casa de todos os nossos irmãos sequestrados e a proteção dos nossos irmãos que arriscam suas vidas para proteger Am Israel 
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Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 

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PARASHÁ TAZRIA 5784



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MENSAGEM DA PARASHÁ TAZRIA

ASSUNTOS DA PARASHÁ VAYAKEL
  • Impureza ao dar à Luz.
  • A Tzaráat.
  • Carne viva numa mancha.
  • Tzaráat numa infecção.
  • Tzaráat na queimadura.
  • Pedaço de calva.
  • Manchas brancas turvas.
  • Calvície.
  • Isolamento do Metsorá.
  • Descoloração das Roupas.
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UM POVO ÚNICO - PARASHÁ TAZRIA 5784 (12/abr/24)
 
Há muitos anos, o Sr. Label Acker, do Brooklin, recebeu uma carta de sua neta de Israel. A carta era tão emocionante que o Sr. Acker a guardou e até hoje a compartilha orgulhosamente com várias pessoas.
 
A Sra. Henya Lerman, neta do Sr. Acker, trabalhava para uma empresa em Ramat Gan, em Israel, cujo dono era um judeu ortodoxo, o Sr. Heshy Fleisher. Era uma época em que o país estava atravessando dificuldades financeiras, e ter um emprego era um privilégio para poucos. A Sra. Lerman estava preocupada com o futuro, pois em três meses daria à luz seu primeiro filho, e quem poderia garantir que seu emprego ainda estaria disponível quando retornasse? E aquele emprego era fundamental, já que seu marido estava desempregado havia seis meses e seu irmão, que estava morando com eles, também estava desempregado.
 
Certa tarde, o Sr. Fleisher estava almoçando informalmente com um grupo de funcionários da empresa. Em um determinado momento, a Sra. Lerman comentou sobre o seu medo de perder o emprego. Ela explicou sua situação familiar, e os outros funcionários que estavam à mesa também contaram sobre suas dificuldades financeiras. O Sr. Fleisher, sem querer se comprometer, educadamente mudou de assunto, e então os funcionários começaram a contar sobre suas vidas. Quando a Sra. Lerman mencionou que vinha de East Flatbush, no Brooklin, o Sr. Fleisher perguntou quando a família dela havia vivido lá. Ele então quis saber o nome do pai dela, o nome do avô, a ocupação dele, onde ele rezava e se ainda estava vivo. Ela foi pega de surpresa com tantas perguntas. Após escutar as respostas, o Sr.Fleisher saiu da mesa e, ao retornar, seus olhos estavam vermelhos, em uma clara indicação de que havia chorado. Após recompor-se, ele contou uma história:
 
Muitos anos atrás, haviam dois eletricistas que viviam na mesma vizinhança em East Flatbush. Um deles era membro do sindicato dos eletricistas e bem sucedido. O outro, que não fazia parte do sindicato, fazia pequenos trabalhos. Os dois homens se conheciam e rezavam na mesma sinagoga, mas suas famílias não se conheciam. Certo dia, o eletricista que não era do sindicato teve um infarto, falecendo alguns dias depois. O outro eletricista foi até a casa do falecido para consolar os enlutados. Ele ficou surpreso com as precárias condições em que os enlutados estavam vivendo. Enquanto conversava com a viúva, ele perguntou se havia comida suficiente. Ela disse que sim, mas quando ele entrou na cozinha e olhou dentro da geladeira, viu que estava quase vazia. Naquela mesma tarde, ele trouxe comida suficiente para encher a geladeira e os armários da cozinha, e em cada dia da Shivá ele renovava o estoque. A viúva tentou dissuadi-lo, mas não conseguiu.
 
Após dois meses, a viúva ligou para o eletricista, dizendo que havia muitas ferramentas e materiais elétricos em seu porão, que eram do seu marido e agora estavam sem uso. Ela estava disposta a vender tudo por cem dólares. Na noite seguinte, o eletricista foi até a casa dela e começou a trabalhar no porão. Por três semanas ele passou suas noites separando e organizando todo aquele material elétrico que havia se acumulado. Depois disso, ele chamou todos os eletricistas e marceneiros que conhecia e os informou que no domingo à tarde haveria uma imperdível venda de materiais elétricos. Ele conseguiu arrecadar mais de três mil dólares com a venda, e deu todo o dinheiro para a viúva, o suficiente para viver por muitos meses.
 
Quando o Sr. Fleisher acabou de contar a história, virou-se para a Sra. Lerman e disse:
 
- O eletricista bondoso era o seu avô, e eu era um dos órfãos. O meu pai era o eletricista que havia falecido, e foi a minha família que se beneficiou da grande generosidade do seu avô. Garanto que você terá sempre um emprego na minha empresa. Amanhã de manhã, se seu marido e seu irmão quiserem vir ao meu escritório, eu terei emprego para eles também!
 
"Obrigada, vovô" escreveu a Sra. Lerman para o seu avô. "Eu tenho muito orgulho de ser sua neta!"

Nesta semana lemos a Parashá Tazria (literalmente "Der à luz"). A maior parte da Parashá trata das complexas leis da Tzaraat, uma doença espiritual normalmente associada ao Lashon Hará, e o que a pessoa contaminada deve fazer para recuperar seu status de pureza.
 
As leis de Tzaraat começam com as palavras: "Se um homem (Adam) tiver manchas na pele de sua carne... ele será levado a Aharon, o Cohen, ou a um de seus filhos, os Cohanim" (Vayikrá 13:2). Mas há algo que chama a atenção neste versículo. Por que a Torá utilizou o termo "Adam" para se referir a uma pessoa, quando normalmente o termo utilizado é "Ish"?
 
Além disso, há um famoso ensinamento do Talmud (Bava Metzia 114b) que incomoda muitas pessoas: "Você é chamado de Adam, mas as nações do mundo não são chamadas de Adam". O significado simples deste ensinamento é que a conotação da palavra "Adam" só é apropriada em relação ao povo judeu. Isto implicaria em um conceito preconceituoso, de que apenas os judeus são considerados seres humanos, enquanto os não-judeus seriam considerados subumanos. Mas como pode ser que a Torá, que nos ensina tanto o respeito que devemos ter por cada pessoa, e que nos ensinou que cada ser humano foi criado à imagem e semelhança de D'us, está nos ensinando a desprezar os outros povos? Certamente esse não pode ser o significado deste ensinamento do Talmud.
 
O Rav Shlomo Ganzfried zt"l (Ucrânia, 1804 - 1886) explica que o Lashon HaKodesh é uma língua extremamente precisa, e mesmo que existem sinônimos, cada palavra tem conotações únicas. "Ser humano" pode ser escrito de várias maneiras, tais como "Ish" ou "Adam". Mas há algo de muito especial na palavra "Adam". Enquanto o plural de "Ish" é "Anashim", não existe plural de "Adam". É isso que a Torá está ressaltando, que o povo judeu é um povo único, unido, como se fosse uma única pessoa. O termo "Adam", que só existe no singular, se ajusta muito bem para definir os judeus. Todos os judeus são considerados uma entidade única. Nós estamos juntos. O povo judeu, entre todos os povos do mundo, é um povo singular.
 
Mas por que isso é lembrado justamente no início das leis de Tzaraat? A Tzaraat surge normalmente como consequência do Lashon Hará. Este versículo inicial das leis de Tzaraat está nos ensinando, portanto, que quando alguém fala Lashon Hara, cria divisão e afastamento, atacando desta maneira a singularidade do povo judeu e colocando em risco o nosso status de "Adam".
 
Este conceito é muito forte para nos ajudar a vencermos o Lashon Hará. Quando lembramos que nós, judeus, somos chamados de "Adam", devemos entender que somos como um único corpo. Ninguém em sã consciência faz mal a si mesmo. Por isso, quando nos sentimos todos juntos, não faz sentido caluniar uns aos outros.
 
Em 1912, na Rússia, um judeu chamado Mendel Beilus foi acusado de matar uma criança não-judia e usar seu sangue para fazer Matzót. Este tipo de acusação infelizmente foi muito comum na Europa durante muitos anos, e era conhecido como "libelo de sangue". O advogado de Beilus temia que, para reforçar os argumentos, os acusadores diriam que os judeus consideravam os não-judeus como subumanos, e citariam a referência talmúdica para provar este ponto. O advogado visitou o Rebe Chortkever zt"l e perguntou-lhe como poderia responder caso os advogados adversários usassem aquele ensinamento do Talmud contra seu cliente. O Rebe instruiu-o a dizer o seguinte: se um italiano fosse preso e levado a julgamento, não veríamos os italianos se reunindo para rezar por esse italiano. O mesmo pode ser dito em relação aos franceses ou qualquer outra nação do mundo. Contudo, quando um judeu é preso e levado a julgamento, a solidariedade existente dentro do povo judeu fará com que todos os judeus do mundo rezem pelo bem-estar daquele judeu, mesmo sem conhecê-lo.
 
Não precisamos voltar ao julgamento de Beilus para enxergar como é verdadeiro este ensinamento. Nos nossos dias, temos testemunhado muitos exemplos desta solidariedade. Se um único judeu é capturado ou mantido como refém, judeus do mundo inteiro se reúnem nas sinagogas e rezam durante meses ou anos por esse companheiro judeu. Assim está escrito: "Quem é como a Sua nação, como Israel, uma nação única no mundo?" (Shmuel II 7:23). Existe no mundo alguma outra nação onde todos sentem um senso de responsabilidade uns com os outros?
 
Foi assim que o Rebe Chortkever explicou o ensinamento do Talmud: "Só você é chamado de Adam". Somente o povo judeu é considerado uma entidade única, sendo impossível falar "Adam" no plural. Esta não é uma interpretação preconceituosa, que diminui e menospreza os outros povo. É uma qualidade do povo judeu, que tem sido demonstrada repetidas vezes, tanto em tempos antigos quanto recentes.
 
Estamos novamente passando por momentos difíceis. Mais do que nunca precisamos estar unidos, como "uma só pessoa em um só coração". Mais de uma centena dos nossos irmãos estão no cativeiro, centenas de soldados perderam suas vidas em batalhas contra um inimigo cruel e covarde, que se esconde atrás de civis e manipula a mídia, gerando ódio contra os judeus no mundo inteiro. O "libelo de sangue" foi substituído por mentiras como "falta de ajuda humanitária" ou "ataque sumário a hospitais". É o momento de nos unirmos, de rezarmos uns pelos outros, de nos importarmos com cada irmão que está passando por dificuldades. Mesmo aqueles que não estão na frente de batalha podem ajudar com Tefilót e Tehilim. Ao menos, que cada um de nós possa tentar sentir a dor dos enlutados e daqueles que não sabem se seus parentes queridos um dia voltarão para casa. Quem sabe se, desta união verdadeira, não virá a tão sonhada e esperada Gueulá final.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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sexta-feira, 5 de abril de 2024

JUSTIÇA PERFEITA DE D’US - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ SHEMINI 5784

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MENSAGEM DA PARASHÁ SHEMINI

ASSUNTOS DA PARASHÁ SHEMINI
  • O Oitavo Dia - Inauguração do Mishkan.
  • Consagração dos Cohanim.
  • A Presença de D'us desce sobre o Mishkan.
  • A morte dos filhos de Aharon, Nadav e Avihu.
  • Advertência contra embriaguez no Serviço Divino.
  • Completando o Serviço de inauguração.
  • Discussão entre Moshé e Aharon e humildade de Moshé.
  • Leis alimentares (Kashrut): Animais, Peixes, Pássaros e Insetos.
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JUSTIÇA PERFEITA DE D'US - PARASHÁ SHEMINI 5784 (04/abr/24)
 
Antônio estava feliz e aliviado. Ele havia acabado de receber seu salário em dinheiro e poderia pagar as contas atrasadas. Na hora do almoço, antes de passar no banco para depositar o dinheiro, ele foi dar uma volta e acabou encontrando uma bela árvore onde poderia descansar um pouco. Porém, ele acabou pegando no sono e, quando acordou, viu que estava atrasado. Levantou-se e voltou correndo ao escritório. O que Antônio não havia percebido é que o dinheiro que ele havia guardado no bolso havia caído no chão.
 
Algum tempo depois, Roberto estava passando por aquele local e viu o montinho de dinheiro. Era um milagre! Ele estava precisando tanto daquele dinheiro para pagar suas contas. Rapidamente ele pegou aquele bolo de notas e correu ao banco para depositar todo aquele dinheiro.
 
Finalmente, passou por ali Carlos. Ao ver aquela sombra gostosa da árvore, teve vontade de descansar um pouco e deitou-se ali. Foi naquele momento que Antônio sentiu falta do seu dinheiro. Mexeu em todos os bolsos, nervoso, mas não encontrou. Tentou pensar em como teria perdido seu dinheiro, e então lhe veio à cabeça a certeza de que havia caído no momento em que havia se deitado na árvore. Voltou correndo e encontrou Carlos dormindo tranquilamente na sombra da árvore. Mas Antônio não estava nada tranquilo. Ele chacoalhou Carlos e pediu seu dinheiro de volta. Carlos levantou assustado, não sabia se estava acordado ou em um sonho. Mas Antônio não estava para brincadeiras. Após várias recusas de Carlos, que afirmava que não havia visto nenhum dinheiro, Antônio começou a agredi-lo com socos e pontapés, até que algumas pessoas separaram a briga.
 
Se olhássemos apenas esta cena, houve justiça? No fim das contas, Antônio ficou sem o seu dinheiro, que havia suado bastante para ganhá-lo. Já Roberto havia recebido um dinheiro sem ter feito nenhum esforço por ele. E o pior de todos foi Carlos, que apanhou sem ter feito absolutamente nada de errado! Onde está a justiça? Como entender estes tipos de situações "injustas" que testemunhamos tantas vezes em nossas vidas?
 
Explica o Midrash que, na verdade, esta era uma reencarnação de Antônio, Roberto e Carlos. Na encarnação anterior, Antônio havia pedido dinheiro emprestado ao seu amigo, Roberto, que emprestou com alegria. Porém, quando a data do pagamento chegou, Antônio negou o empréstimo, dizendo que nunca havia pedido dinheiro emprestado. Apesar da insistência de Roberto, Antônio dizia que seu amigo havia sonhado. Sem outra opção, Roberto foi procurar um tribunal de justiça. Mas, para sua infelicidade, ele foi justamente no tribunal onde trabalhava Carlos, um juiz corrupto, que era amigo de Antônio e devia a ele muitos favores. Mesmo com todas as evidências a favor de Roberto, o juiz acabou dando ganho de causa para Antônio, sem nem mesmo apresentar os motivos para a sua decisão. A situação estava injusta, com Antônio ficando com um dinheiro indevido, Roberto perdendo seu suado dinheiro e Carlos não recebendo nenhuma punição por sua conduta vergonhosa.
 
O que D'us fez? Colocou os três personagens de novo juntos em uma nova vida, quando tudo foi acertado. Roberto recuperou o seu dinheiro, Antônio perdeu o dinheiro que não lhe pertencia, e Carlos apanhou, por ter sido corrupto. A justiça de D'us é perfeita.

Nesta semana lemos a Parashá Shemini (literalmente "oitavo"), que começa falando sobre a festa de inauguração do Mishkan. Os Cohanim, originalmente Aharon e seus quatro filhos, após passarem por um processo de purificação e santificação, iniciariam os Serviços espirituais oferecendo alguns Korbanot que serviam para a expiação de pecados. A partir daquele momento, qualquer um que não fosse descendente de Aharon e fizesse os Serviços do Mishkan receberia pena de morte celestial. Mas por que a Parashá tem este nome?
 
O Rav Yaakov ben Asher zt"l (
Alemanha1269 - Espanha, 1343) , mais conhecido como Baal HaTurim, explica que os acontecimentos relatados na Parashá aconteceram no Rosh Chodesh Nissan, o oitavo dia após os "sete dias de consagração do Mishkan", que se iniciaram a partir do dia 23 de Adar. Ele cita um Midrash no qual está descrito que Aharon e seus filhos seriam os Cohanim que serviriam de forma definitiva no Mishkan, mas que nestes sete dias de consagração foi Moshé que serviu como Cohen Gadol. Durante cada um destes sete dias, Moshé montou o Mishkan, fez todos os Serviços e desmontou. E assim Moshé explicou a situação de ter sido Cohen Gadol temporáriamente: "Pelo fato de eu ter recusado o encargo de D'us por sete dias na sarça ardente, mereci ser o Cohen Gadol por sete dias". Sobre o que Moshé estava falando?
 
Moshé, apesar de ter sido criado na casa do Faraó, quando viu um egípcio espancando um judeu, levantou-se e matou o egípcio, escondendo seu corpo sob a areia. Porém, Moshé foi delatado, julgado e condenado à morte. D'us o salvou com um grande milagre e Moshé fugiu para Midian, onde conheceu Itró e casou-se com uma de suas filhas, Yocheved. Ele fixou sua residência em Midian e tornou-se um pastor de ovelhas. Certo dia, Moshé se afastou do resto do rebanho por causa de uma das ovelhas que havia fugido. Foi naquele momento que D'us se revelou a Moshé, através de uma sarça ardente que queimava mas não se consumia. Ele ordenou a Moshé que fosse ao Egito e libertasse o povo judeu. Porém, por sete dias consecutivos Moshé recusou a missão, apesar da insistência de D'us. Somente quando D'us ficou furioso, no sétimo dia, Moshé aceitou.
 
Entendendo o contexto da fala de Moshé, aparentemente o Midrash precisa de esclarecimentos. A recusa de Moshé em aceitar a missão que lhe foi ordenada deveria pesar contra ele, não lhe trazer benefícios. Por que Moshé foi recompensado, tendo o mérito de servir no Mishkan como o Cohen Gadol por sete dias, por ter se recusado a cumprir sua missão? Será que se ele tivesse recusado por duas semanas, teria sido Cohen Gadol por duas semanas? Isso faz algum sentido?
 
O Rav Simcha Zissel Ziv Broida zt"l (Lituânia, 1824 - 1898) explica de maneira brilhante este Midrash. Por que Moshé se recusou a tirar os judeus do Egito, se ele amava o povo judeu e arriscava sua vida por eles? Foi em função de sua humildade, já que ele não se achava digno de uma tarefa tão grande, e também por causa de sua incrível sensibilidade, pois ele não queria ofender seu irmão mais velho, passando por cima dele. Durante muitos anos Aharon havia sido o líder do povo judeu no Egito. Como ele se sentiria ao saber que seu irmão mais novo agora seria o líder no lugar dele? Assim, por um lado, a recusa de Moshé em aceitar a missão designada por D'us foi resultado de seus traços de caráter positivos. Por outro lado, quando D'us nos dá uma missão, certamente Ele já levou em consideração todas as implicações. Não era momento de Moshé ser humilde, era momento de aceitar o comando de D'us e imediatamente ir lutar para acabar com o sofrimento do povo judeu.
 
Após tanta insistência de D'us, está escrito: "E a fúria de D'us se acendeu contra Moshé, e Ele disse: 'Não é Aharon, teu irmão, o Levi? Eu sei que ele certamente falará, e eis que ele está vindo em sua direção, e quando ele te ver, ele estará alegre em seu coração'" (Shemot 4:14). D'us estava garantindo a Moshé que seu irmão Aharon era tão humilde que não se sentiria mal por ter perdido a liderança, ao contrário, ficaria feliz pelo seu irmão. Mas o que chama mais a atenção neste versículo é que está escrito que a fúria de D'us se acendeu. O que isto significa? O Talmud (Zevachim 102a) explica que toda vez que o acendimento da fúria de D'us é mencionado na Torá, isto significa que a fúria de D'us foi desencadeada, isto é, significa que houve uma consequência negativa, uma punição. Mas onde está, neste versículo, a punição de Moshé?
 
Quando D'us perguntou a Moshé "Não é Aharon, teu irmão, o Levi?", significa que Aharon estava destinado a ser apenas Levi, e não Cohen. D'us havia decidido que o sacerdócio emanaria de Moshé e seria transmitido aos seus descendentes. Porém, por causa da recusa de Moshé em aceitar sua missão, daquele momento em diante não seria mais assim, pois Aharon seria o Cohen e Moshé seria o Levi, como está escrito: "Mas quanto a Moshé, o homem de D'us, seus filhos deveriam ser chamados na Tribo de Levi" (Crônicas I 23:14).
 
Isto é o que Moshé quis dizer quando explicou que, por causa da sua recusa por sete dias em aceitar sua missão, ele havia se tornado um Cohen Gadol por sete dias. Moshé estava dizendo que, na realidade, ele e seus descendentes deveriam ter sido Cohanim para sempre. Entretanto, como ele se recusou por sete dias a aceitar sua importante missão, o que foi algo inapropriado, especialmente pela insistência de D'us, então ele foi penalizado e só foi autorizado a ser o Cohen Gadol por sete dias, e não mais do que isso.
 
Pelo fato de a recusa de Moshé ter sido resultado de seus nobres traços de caráter, ele foi recompensado com o mérito de ao menos por sete dias ter sido Cohen Gadol, mas como ele recusou demais, foi castigado com a pena de não ter sido Cohen Gadol por mais de sete dias. Isso nos ensina que a Justiça de D'us é muito precisa. No mesmo ato, D'us estava recompensando e castigando Moshé.
 
Isso nos ensina a confiarmos na Justiça Divina em todos os momentos, mesmo quando a injustiça do ser humano parece prevalecer. Tudo ocorre no seu tempo certo e da forma mais justa possível, pois somente D'us tem todas as informações e detalhes necessários para que o julgamento seja perfeito. Por exemplo, às vezes D'us leva em consideração até mesmo os atos realizados em vidas passadas e cada intenção das nossas ações, informações que seres humanos normalmente não têm acesso. Por isso, mesmo em uma época na qual parece que os honestos são tolos, em um mundo tão cheio de malandragem e desonestidade, faça sempre o que é correto, pois no momento certo a justiça perfeita de D'us ficará evidente, com os malvados sendo castigados e os Tzadikim recebendo a recompensa eterna pelo seu comportamento exemplar. Sempre vale a pena ser correto.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

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